“PRAINHA em PROTESTO”
Acontece neste fim de semana, 12 e 13 de fevereiro de 2011, o Iº Campeonato de Futebol Feminino do Farol de Santa Marta, categoria mirim e infantil.
O evento é um protesto pacífico contra o histórico problema de esgoto na Prainha do Farol. A situação piora a cada ano.
A impunidade e a falta de interesse sobre o assunto deixaram a Prainha imprópria para banho e uma ameaça “ao ar livre” a todos que usufruem do espaço.
Atualmente são sete focos de esgoto em uma extensão que não chega a trezentos metros.
O evento visa chamar a atenção da população e das autoridades para o problema e abrir a discussão para a solução.
“Com dois mil metros de cano resolvemos a primeira parte do problema que é coletar o esgoto e tirar da faixa de areia. Num segundo passo seria a implantação das estações de tratamento para tratar o esgoto antes de despejar”. Afirma João Batista Andrade presidente da ONG Rasgamar.
“Os córregos pluviais estão sendo usados para despejar o esgoto “in natura” na Prainha desde o início da década de 80 e até hoje somos ignorados pelas autoridades que não tem interesse em resolver o problema”, afirma um morador do Farol, “nossos filhos não podem ir mais a praia e os turistas foram escorraçados do Farol de Santa Marta pelo esgoto e pela falta de uma política de turismo responsável”, conclui.
Além de esgoto a ocupação desordenada e o uso da faixa de areia por 4X4 estão inviabilizando o lugar para o turismo.
A Prainha do Farol de Santa Marta está podre pelo despejo indiscriminado de esgoto, a Praia do Cardoso, a Praia da Cigana e a Praia Grande se tornaram estrada expulsando as famílias que não conseguem levar seus filhos por causa do tráfego de veículos.
O ano de 2011 está sendo encarado como um marco para resolver os problemas existentes no Farol, pois em pleno século 21 não é aceitável conviver com essa situação.
Esgoto a céu aberto, tráfego de veículos indiscriminado nas praias e ocupação de áreas de preservação permanente devem ser controlados, a fim de sustentar uma política de turismo voltada a preservação e valorização ao invés da destruição, a qual se intensifica a cada ano com sério risco de perda da saúde do ambiente e do atrativo turístico.
A Prainha é o lugar onde as crianças da comunidade e turistas brincam, além de ser a “recepção” de um destino turístico apreciado por muitas pessoas de diversas regiões do país.
No Farol de Santa Marta, a comunidade de pescadores artesanais, cerca de 200 famílias sobrevivem do turismo.
A CASAN e a Prefeitura Municipal de Laguna foram convidadas a participar do evento.
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