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quarta-feira, 15 de setembro de 2010







Por Carolina Gomez da Silva

Após uma amostra de caos, do feriadão de 7 de setembro, muitos moradores e turistas estão apavorados. O vilarejo tranqüilo deu lugar a baderneiros.

Som automotivo, consumo de drogas, assaltos, pessoas descontroladas, propriedades invadidas, tráfego nas praias e sobre os sambaquis, carros, e mais carros, é o fim.

Ausência de fiscalização e desordem.

Cenário de destruição, paraíso ameaçado.

S.O.S Farol de Santa Marta, depois da “amostra”, o que restou foi, no mínimo, um despertar. Aqueles que queriam ou não este tal “desenvolvimento” perderam o sono, estão apavorados e neste momento resta à reflexão.

Na defesa dos interesses coletivos, este grito S.O.S sai da garganta como um último suspiro, de uma comunidade que completou 101 anos, desde a primeira canoa e Seu Elisiário na Prainha, à invasão de mais de 1000 carros de lugares vizinhos e seus motoristas embriagados.

Não é só a Prainha que vêm sofrendo com os invasores, muitas vezes possuídos de agressividade indescritível e incontrolável.

Os sítios arqueológicos vêm sendo depredados e as praias viraram estradas.

Não se têm um levantamento preciso do que acontece com o ambiente, sensível e delicado como estes, em que nos fins de semana, feriados e temporada são constantemente invadidos por pneus gigantes agressivos, arrancam, matam plantas, ninhos e a história.

A descaracterização da vila, por casas “modernas”, outra interferência, a qual fere um dos principais atrativos turísticos do Farol de Santa Marta: a arquitetura simples açoriana.
Modernismo?
Casas maiores, por exemplo, que a igreja de São Pedro!
Neste assunto, fica a frase do movimento em 2002: “Farol de Santa Marta, lugar de pequenas casas”.
S.O.S Farol de Santa Marta, ainda há tempo, mas tem que ser agora.


O Farol de Santa Marta pede socorro, para que este monumento, que não é apenas a torre do farol, sobreviva.

Que este pedacinho que sobrou do litoral de Santa Catarina, possa resistir a tanta agressão.

Que neste espaço se tome medidas de proteção e tenha um tratamento diferenciado.

Clamamos por um pouco mais de sensibilidade.



Pedimos apoio e a participação de todos, para em ações conjuntas de proteção e educação, manter e melhorar a condição de vida local do ambiente e de tudo que depende dele.

Nossos filhos agradecem.



















Fotos: J.B Andrade e Carolina G. da Silva

3 comentários:

  1. Batista, eu assino embaixo das ações da RASGAMAR.

    É revoltante saber que o paraiso está mais do que nunca ameaçado pelo desenvolvimento ou empobrecimento,,,depende do ponto de vista né irmao?

    Sempre alerta e pronto para defender a nossa terra.

    Fau

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  2. Não só o Farol de Santa Marta, como toda a região da ilha está esquecido!
    Não estou me referindo que está faltando infra-estrutura essas coisas e sim mais segurança e apoio de órgãos ambientais!
    A nossa região não precisa tanto de um asfalto, não precisa tanto de grandes empreendimentos... os antigos sobrevivem até hoje sem essas "mordomias" e alguem vê eles reclamando?
    claro que não! o sossego é o que importa pra eles e pra nós! entao, se ouver o asfalto por exemplo, haverá sossego? já podemos presenciar a depredação dos "turistas" sem asfalto, pagando caro pela balsa, imagina entao se houver asfalto, ponte...
    nossa ilha e cabo irá crescer, a marginalidade irá aumentar, e a beleza natural acabará!
    Eu sou nativa da ilha, moro na comunidade pesqueira da Passagem da Barra, e estou me graduando em Biologia, muitas pessoas acham que sou muito radical nos pensamentos, lógico nossa comunidade é muiito influenciada por valores culturais, mas no ponto deles isso é certo e muito bom, por que se houver uma pessoa competente e lhes mostrar o quanto o nosso lugar pode lhes dar tanto de economia quanto lugar privilegiado eles irão enxergar o quanto é maravilhoso morar aqui e impedir que 'turistas' até mesmo de cidades visinha 'tubarao, criciuma...' tomem conta do nosso lugar, depredando, construindo e sujando, nas melhores palavras!
    O povo tem que se unir mais, ficar a favor do lugar e de sua cultura, nao a favor do que é melhor pra eles, por que o que pode ser bom para um nao é bom para outros e vice-versa!
    VAMOS CUIDAR DO QUE É NOSSO!
    VAMOS IMPEDIR QUE PESSOAS QUE NAO FAZEM PARTE E NEM CONHEÇEM NOSSA CULTURA ACABEM,COM NOSSO LUGAR, NOSSO PRECIOSO LUGAR QUE É O QUE RESTA PARA FUTURAS GERAÇÕES!
    VAMOS CUIDAR DO MEIO AMBIENTE, VAMOS CUIDAR DE FORMA SUSTENTAVEL, VAMOS VALORIZAR A CULTURA LOCAL, VAMOS DAR VALOR AS COISAS SIMPLES...
    se todos se unir o 'local' consegue o que quer, e ir pra frente de forma sustentavelmente correta!
    vamos criar projetos, cooperativas...
    vamos ajudar a nós!
    vamos ajudar a nossa região!
    nosso distrito!
    e não para os outros que vem ver uma vez só!

    é isso ai!
    Paz e amor no coração de todos!
    Que Deus abencoe nossa ilha e Cabo de Santa de Marta!

    Abraços dignos,

    TAMIRIS DOS SANTOS MARTINS!

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  3. essa citação que eu retirei de um livro de Educação Ambiental resume o que eu disse anteriormente:

    ..." No lugar que havia mata, hoje há perseguição grileiro mata posseiro só pra lhe roubar seu chão castanheiro, serigueiro já viraram até peão afora os que já morreram como ave-de-arribação Zéde Nana tá de prova, naquele lugar tem que cova gente enterrada no chão.
    Pois mataram Indio que matou grileiro que matou posseiro disso um castanheiro para um serigueiro que um estrangeiro ROUBOU SEU LUGAR"...
    Farias, s/d.

    Tamiris dos Santos Martins

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